A vida de Teresa no Carmelo não foi marcada por acontecimentos extraordinários visíveis, mas pela intensidade de sua vida espiritual. Sua rotina era feita de oração, silêncio, sacrifícios e trabalhos simples. Contudo, ela descobriu ali um caminho de santidade original: viver as pequenas coisas da vida com amor infinito.

Essa espiritualidade ficou conhecida como a “Pequena Via”. Para Teresa, a santidade não dependia de feitos grandiosos, mas da maneira com que se realizavam os gestos mais simples do dia a dia. Ela acreditava que até as menores ações, quando feitas com amor e oferecidas a Deus, tinham valor eterno. Esse ensinamento revolucionou a espiritualidade cristã, pois mostrou que a santidade é acessível a todos, independentemente da vocação ou condição.

Apesar de sua vida escondida no convento, Teresa tinha um coração missionário ardente. Rezava e se sacrificava constantemente pelos missionários espalhados pelo mundo, e oferecia cada sofrimento em favor da evangelização. Sua famosa frase “No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor” resume sua consciência de que sua missão era ser amor no centro da Igreja, sustentando-a espiritualmente.

O convento também foi o lugar de suas grandes provações interiores. Teresa experimentou a aridez espiritual, a sensação de ausência de Deus e profundas noites de fé. Contudo, em vez de desanimar, transformou essas lutas em atos de confiança. Foi nessas experiências de escuridão que ela amadureceu seu abandono total nas mãos do Pai.